Ainda quanto ao mesmo caso e ao mesmo post, é claro que um director de canil, quando recebe uma crítica de alguém por causa da morte assistida de um animal, poderia perguntar "então quer adoptar um?".
Mas, por exemplo, se ele me perguntasse isso, eu responderia claramente que não. Não porque não gosto de animais, mas porque já tenho quatro gatos e não tenho espaço nem condições para ter um cão. Mas não seria isso, com toda a certeza, que me iria fazer ficar "com o rabinho entre as pernas e ir embora". Não seria isso que me faria calar a minha indignação e continuar a lutar para que as coisas melhorem. Porque sei que, falando no assunto, haverá (como se está a constatar), quem o tente resolver de formas que eu não consigo. E acredito que o segredo é esse: cada um cumpre o seu papel. Eu tenho o papel de informar e de me indignar. Para que outros, com outras condições, possam agir.
Ninguém muda o mundo sozinho, mas ninguém pode desistir do seu papel, por mais humilde que seja. Porque pode ser o pequenino passo que leve a que alguém consiga muito mais.
19/11/2003
Ainda sobre o post Chacina de Cães III
Publicada por Luís Costa Pires à(s) 10:49
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