06/10/2007

De menina Cascais a Cascais Menino

Nova ida ao Casino, mas desta vez ao Estoril, para assistir à estreia da peça “De menina Cascais a Cascais Menino”, da autoria da Maria Helena Torrado e encenação do Ricardo Carriço. Muita gente conhecida no Casino e muitos amigos presentes, curiosamente amigos que são recentes mas com quem existe uma natural empatia.

Confesso que ia completamente a zero, sem expectativas, já que o Ricardo Carriço se tinha fartado de avisar que o Grupo de Teatro de Cascais, de que é encenador, é completamente amador e, conhecedor da realidade dos grupos amadores como sou (já tive alguns textos encenados dessa forma), sei que nem sempre é fácil, com as limitações existentes e mesmo apesar da dedicação dos intervenientes, conseguir um espectáculo à altura dos acontecimentos.

Por isso, a surpresa foi total. A peça, um retrato histórico de Cascais, baseada no livro de Pedro Falcão, “Cascais Menino”, conta a sua evolução desde a sua fundação até aos dias de hoje, falando dos momentos mais memoráveis, das personalidades da terra e das tradições que, infelizmente, se vão esquecendo, ajudando Cascais a tornar-se em algo bem diferente do que era. É uma obra bem conseguida, com mudanças de ritmo, interpretações notáveis (um aplauso especial para o João Quiais, para o Fábio Neves e para a Sara Inês), um guarda-roupas impressionante e coreografias e efeitos especiais que me surpreenderam e emocionaram. Um excelente trabalho que vale a pena ver, até ao final de Outubro, às sextas e sábados, no Casino do Estoril.

Depois da peça, o habitual jantar, num restaurante ali perto que, pelos vistos, fica aberto até às seis da manhã. Para mim, que nos dias normais vivo numa cidade onde quase tudo morre às oito da noite, tudo me pareceu um outro mundo. Ainda por cima rodeado de tanta gente simpática e boa conversadora.

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