17/10/2003

Belas & Perigosas

Não dispenso passar os olhos pelo “24 Horas” porque é um jornal que assume sem complexos a sua vertente de tablóide e inventa sempre títulos do arco da velha para as notícias, como o que vinha na edição de hoje, e cito “Aquele marmelo anda armado em Tarzã” (página 41 para o caso de não acreditarem).
Mas aquilo que mais gosto no jornal é a rubrica “Belas & Perigosas”, o suplemento das primeiras páginas, sempre a cores, onde quatro colunáveis da nossa sociedade, a Alexandra Fernandes, a Cláudia Mergulhão, a Helga Barroso e a Bárbara Norton de Matos, mostram-nos as fotos das festas e das exposições a que vão (acompanhadas sempre das mesmas pessoas), bem como nos revelam alguns dos truques de beleza das estrelas e o que transportam nas suas malas (algo que sempre me deixou curioso e que, agora, felizmente, o “24 Horas” me vai desvendando).
Só não percebo a razão por trás do título da rubrica. Belas são, sem dúvida. Aliás, acho que nenhum crítico, mesmo aqueles que nunca assistiram a nenhum reality show ou que consideram Helena, Euridice e Dulcineia as mais belas mulheres da história da humanidade, podem negar essa evidência.
Agora… perigosas? Perigosas porquê? Serão vampiras dissimuladas prontas a sugar o sangue a qualquer homem que as aborde? Andarão em busca de enganar alguém? Mentem-nos sobre o conteúdo das suas malas enquanto, na realidade, usam-nas para transportar granadas e uzis? Estão a aprender a pilotar aviões para atacar a Torre das Amoreiras? Qual é, afinal, a verdadeira história por trás da alcunha “perigosas”?
Aceitam-se sugestões por mail (enquanto eu não conseguir configurar o blog para receber comentários) para tentar perceber este mistério.

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