04/05/2009

Viagem a Los Angeles - parte 4 - Os estúdios de cinema

Não é possível visitar Los Angeles e não ir à Disneylandia. Mesmo quem não for particularmente fã das eternas histórias criadas pelos estúdios de Walt Disney, ficará emocionado com a beleza, alegria e magia do local. O ingresso é caro, 65 dolares para ver um dos parques, 95 para ver ambos (quase impossível ver ambos no mesmo dia, de tão grande que é a Disneylandia, maior do que uma pequena cidade portuguesa), mas vale cada cêntimo.



Lá dentro, a magia acontece realmente. Cidade dentro de uma cidade ainda maior, localizada em Orange County, região celebrizada pela série juvenil “The O.C.”, a Disneylandia é um mundo de sonho, cheio de diversões, crianças e adultos a conviver com o Pato Donald, o Dumbo e a Branca de Neve, em locais encantados como o Castelo da Cinderela, o navio dos Piratas das Caraíbas, o túmulo perdido de Indiana Jones, montanhas russas e rodas gigantes e, claro, muitas lojas e espectáculos.
Num mundo perfeito, qualquer criança do mundo deveria ter a oportunidade de a visitar. Nem que fosse uma vez na vida.

Em redor de Hollywood, a norte, sul e oeste, ficam localizados os principais estúdios de cinema e televisão. A norte, a Universal Studios é, provavelmente, o mais impressionante pois alia a produção cinematográfica a um parque de diversões que quase rivaliza com a própria Disneylandia. Aqui, além de uma tour guiada por vários cenários de filmes clássicos, como o Tubarão (com direito a sermos atacados pela assustadora criatura a saltar da água e tudo), o Motel de Psycho, a cidade de Hysteria Lane, onde as Donas de Casa Desesperadas vivem as suas aventuras, a uma estação de metro abandonada que desaba sobre as nossas cabeças, no meio de explosões e inundações, existem várias salas temáticas que irão, certamente, maravilhar qualquer visitante.

A área dedicada ao “Exterminador Implacável” coloca o visitante no meio do confronto entre Sarah Connor e as máquinas do futuro, num ambiente 4D, onde o calor dos lasers e o impacto das explosões é sentido e tudo é extremamente real. O castelo dedicado a Shrek é divertidissimo e relembra grande parte das piadas feitas pelo ogre verde e seus companheiros. Mas o ponto alto é sem dúvida a Montanha Russa dos Simpsons onde, dentro de uma cúpula 3D, o visitante entra dentro de um episódio da série e alia-se a Homer e Bart, no combate ao malvado SideShow Bob, no meio de muitas peripécias e gargalhadas. Uma experiência alucinante à qual nem sequer falta o cheio a pó de talco quando a queridíssima Maggie se aproxima de nós.

Descendo a Vine Avenue a partir de Hollywood Boulevard, chega-se à Paramount Pictures. Aqui não existem montanhas russas nem salas 3D. Mas, em compensação, existem 22 estúdios de gravação e uma cidade inteira construída para ser o palco dos filmes e séries que vemos diariamente. Na altura da visita à Paramount, gravava-se uma cena de CSI Nova Iorque. Gary Sinise andava pela rua de Nova Iorque à procura de pistas para mais um assassinato, no meio de vários dezenas de extras que são contratados apenas para andar pelas ruas e encher de realismo a fantástica série (ganhando o cachet diário de 130 dólars). E quando os decoradores mudam as placas das portas e lojas, árvores e adereços, cores das paredes e automóveis das várias ruas de fachadas falsas da Paramount, estas se transformam em qualquer outra cidade do mundo.

São muitos os interesses da visita à Paramount, como o banco onde Tom Hanks se sentou enquanto contava a história de Forrest Gump, a rua onde Seinfeld, George, Elaine e Kramer viviam as suas desventuras, ou o estúdio que se diz assombrado, e onde foi gravado “Poltergeist”.

Mas um dos mais fascinantes pontos é o parque de estacionamento enorme, com o chão pintado de azul e uma das paredes pintada como se fosse o horizonte. Apesar da estranheza inicial, obviamente que existe uma razão para tal decoração: quando despido de carros e cheio de água, o parque, visto pelas câmaras, transforma-se num oceano, onde Charles Heston, enquanto Moisés, separou as águas no filme “Os Dez Mandamentos”, ou Jim Carrey tentou chegar à liberdade em “The Truman Show”. Este era também o local onde se planeava “afundar o Titanic”. Mas James Cameron preferiu, à última da hora, construir um enorme tanque de água, com vista real para o oceano, no México e levar DiCaprio e Winslet para lá. Enfim, nada é realidade nos estúdios. Mas é dessa fantasia que nascem as mais belas histórias a que assistimos.

Faltou tempo, infelizmente, para visitar os estúdios da Warner Brothers, da CBS City, e de muitos outros estúdios que funcionam em Los Angeles.

1 comentário:

O Meu Confessionário da Alma disse...

Ui este não consigo.
Muita info... I can't take it...
Weak.
A foto com o Homer está linda, quase quase quase que és mais alto que ele...