02/11/2006

Inteligência artificial

Revi o filme "Simone", com Al Pacino, Winona Rider e a top model canadiana Rachel Roberts. A película conta a história de um realizador de cinema que vê a sua carreira acabada devido à sua incapacidade de ver a sétima arte como um negócio. No entanto, o realizador acaba por ser presenteado com um programa informático que lhe permite criar a actriz perfeita, embora virtual, Simone (SIMulator ONE), que irá levá-lo ao estrelato.

Obviamente que não vou falar mais do filme para não estragar a surpresa a quem ainda não o viu. No entanto, refiro que, apesar de não ser um filme brilhante, tem aliás algumas cenas demasiado inverosímeis, é um filme divertido e que fornece uma crítica bastante feroz ao excessivo aspecto comercial da arte nos dias que correm, ao endeusamento das personalidades públicas, à imprensa cor-de-rosa, etc.

E, mais interessante, levanta uma reflexão sobre a possibilidade de ser criada vida virtual através da tecnologia. Curiosamente, após rever o filme, pesquisei na net sobre o assunto e encontrei alguns projectos muito avançados realizados por génios informáticos que trabalham para criar cérebros, ou programas, como lhes queiram chamar, com inteligência virtual que aprendem, memorizam e respondem de forma improvisada e única, consoante o feedback do utilizador, criando conversas únicas, lógicas e irrepetíveis. Estes programas são, sem dúvida, os embriões dos futuros cérebros informáticos, provavelmente num futuro não muito distante onde os sonhos de muitos autores da "sci-fi" se tornarão realidade.

Obviamente, não sou um especialista na matéria para explicar como tudo se processa. Mas, se quiser dar uma vista de olhos na matéria e instalar no computador uma "pessoa virtual" que já capaz de conversar consigo, visite a página http://www.kurzweilai.net/ e dê uma volta pelas suas muitas opções e interessantes artigos.

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