Boas notícias para Moçambique e para Portugal. Os dois governos chegaram finalmente a acordo sobre a barragem de Cahora-Bassa. Com este entendimento, que já devia ter acontecido há muitos anos, Moçambique pode agora beneficiar economicamente da grande barragem e distribuir em condições vantajosas electricidade pelo continente africano.
Mas não é só a questão económica que alegra o povo moçambicano, que festejou este acordo como se da conquista da independência se tratasse. Trata-se também da sensação do seu povo de que caiu o último símbolo do colonialismo, que agora não existem mais "obrigações" para com a Velha Europa. E, como disse o presidente de Moçambique, agora as relações institucionais entre Moçambique e Portugal podem melhorar, num clima de amizade e fraternidade, depois de um processo que se arrastou durante anos.
Para Portugal, significa um encaixe de 750 milhões de euros que não estavam previstos no Orçamento de Estado. Ou seja, inteligente foi o Governo em, por precaução, não incluir esta receita na previsão orçamental. Assim, em vez de, como em outros Governos, correr o risco de pecar por defeito, os economistas têm agora uma boa surpresa e uma redução do défice um pouco maior do que se esperava.
Também é por estas coisas que se vê a seriedade de um Governo.
01/11/2006
Cahora-Bassa
Publicada por Luís Costa Pires à(s) 13:50
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