No Alentejo, um criador de animais está a braços com um caso nunca visto na zona. Um porco atingiu os dois metros e meio de comprimento e os quatrocentos quilogramas de peso (!). Ninguém percebe como é que o animal cresceu tanto e a diferença entre ele e os outros lamacentos colegas é notória, à vista e pela quantidade de comida que ingere.
A matança do porco ainda não está marcada, mas a ansiedade já é grande. No entanto, pelo meio, fica um bom prenúncio. É que é comum dizer-se no Alentejo que porcos gordos no início do ano são sinal de um ano de fartura. Então, se calhar, o problema dos portugueses tem sido meramente de linguagem. Em vez de dizermos constantemente que estamos num período de vacas magras, proponho que mudemos a frase para “estamos num período de porcos gordos”. E, se pensarmos bem na coisa, na corrupção e negociatas, nas mentiras e escândalos existentes no nosso País, até é capaz de ser uma frase mais feliz e verdadeira do que parece.
06/01/2004
Tempo de porcos gordos
Publicada por Luís Costa Pires à(s) 13:57
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