06/12/2008

Taraio

São as ironias da vida. No mesmo dia em que eu tinha a enorme alegria de ver apresentado publicamente o meu novo romance, o meu amigo Manuel Taraio partia para a outra vida.

Infelizmente não estive com ele, nem ele comigo. E, para dizer a verdade, há já largos meses que não nos encontrávamos. Quando isso acontece, fica-se sempre com a sensação de que muito ficou por dizer e fazer. Mas já não há tempo para nada.

Resta lamentar o sucedido, desejar que exista mesmo uma qualquer justiça divina e algo mais para além desta vida. E recordar o passado.

Como as tardes que passei com ele no seu atelier a vê-lo pintar as suas obras. Como a exposição que ele realizou numa galeria lisboeta, cujo catálogo teve como introdução um texto que o Taraio me pediu para escrever a propósito das caixas de memórias que pintava naquela fase da sua carreira.

Irei publicar esse texto daqui a uns dias aqui no blogue. Não hoje. Para prolongar ainda mais a sua memória que já de si vai ser eterna.

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