Li com preocupação uma notícia no Diário de Notícias, onde se dava conta dos mais recentes ataques feitos pelos grupos de pressão ao "candidato a candidato" democrata Barrack Obama, nos Estados Unidos.
Um grupo acusava-o de ser muçulmano. Aqui, e apesar de ser censurável criticar alguém pela sua religião, consigo perceber o porquê da preocupação, já que o povo americano está ainda em estado de alerta depois do 11 de Setembro (ainda que eu, como maluquinho e conspiracionista que sou, até seja da opinião que foi tudo "inside job"). Agora, não consigo mesmo compreender o outro grupo de pressão, este judaico, que acusa Barrack Obama de ser um político que vai impor políticas cristãs.
Se essa imposição de políticas cristãs for verdade, então espero que haja depressa um político destes em cada País, pois muita coisa vai mudar e muita hipocrisia vai acabar.
É claro que a cúpula religiosa judaica, que é muito forte nos Estados Unidos, tem que defender os seus interesses de "domínio espiritual" (aspas reforçadas neste termo). Mas a forma como o faz é, no minimo, infeliz, pois, mais uma vez, apela à desunião religiosa, à falta de respeito pela liberdade dos outros, etc, etc.
E mais triste ainda é o facto de, em pleno 2008, num país que, em tantas coisas, tem a democracia mais avançada do mundo, as crenças religiosas de um homem poderem ser motivos para se votar ou não no seu projecto político e social. Crenças religiosas essas que deveriam servir para que, cada um, no seu íntimo, estabelecesse uma relação pessoal com a sua fé, não que se transformasse em imposição e discórdia. Mas, realmente, na maior parte dos casos, a religião, como é vista no mundo, é apenas um instrumento de guerra e desunião.
Já estou como escreveu José Saramago, no seu "Evangelho segundo Jesus Cristo", que cito de memória: "Só mesmo sendo Deus, se poderia gostar tanto de sangue derramado".
23/01/2008
Só Deus gosta de sangue
Publicada por Luís Costa Pires à(s) 13:25
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