01/07/2004

A universalidade de Portugal

A coisa bonita de ser português é esta universalidade que nos acompanha. Neste momento, quase todo o mundo, incluindo os adeptos dos países que foram eliminados por Portugal, estão a torcer pela nossa vitória na final do Europeu.
As manifestações de alegria e os festejos no Brasil, em Timor, em Moçambique, em Angola, as crianças holandesas que gritavam por Portugal no final do encontro, tudo isso demonstra bem essa magia que acompanhou sempre o nosso povo ao longo das eras.
Nunca fomos conquistadores nem guerreiros. Fomos sempre colonizadores e companheiros de cultura e vida, pelo que não temos inimigos nem vendettas. E essa universalidade está também patente na criatividade que nos acompanha, que choca muito com a eficiência e método que a vida por vezes exige, mas que é a maior de todas as qualidades, se for utilizada com confiança e sem complexos.
Seria tão bom que esta fase de optimismo, de alegria e de confiança na nossa genialidade enquanto povo não terminasse com o euro, com o seu sucesso desportivo e organizativo. Que se mantenha sempre.

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