17/08/2004

Primeira medalha

Logo nos primeiros dias mdos Jogos Olímpicos de Atenas, um português alcançou uma brilhante medalha de prata, quase como que dizendo aos gregos que também somos capazes de conseguir bons resultados no “campo do adversário”. Sérgio Paulinho foi o autor do feito, na modalidade que elegeu há vários anos, o ciclismo.
Para mim, esta medalha teve um sabor algo especial, uma vez que acompanhei durante algum tempo a sua carreira, na altura em que colaborava na secção de desporto de um semanário regional e ele corria numa modesta equipa da zona de Alcobaça. Depois, o atleta deu o salto e acabei por perder-lhe o rasto. Agora, com surpresa e agrado, vejo-o ganhar uma medalha de prata na mais importante competição desportiva de todas.
Percebo que ganhar uma medalha olímpica deve ser um sentimento único. Ver a bandeira subir o mastro e ouvir os acordes do hino, ainda mais numa altura em que todos esses símbolos ganharam nova força junto do coração dos portugueses, deve provocar um momento de grande realização pessoal. É a noção clara de que toda uma nação está orgulhosa, embebida de um estranho e comovente amor comum, de que, por breves momentos, mais de doze milhões de pessoas, espalhadas pelo mundo, se emocionam e ovacionam um determinado feito.
Parabéns ao Sérgio Paulinho. Parabéns a Portugal.

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