22/04/2008

Matem, mas não admitam

Segundo notícia do Diário de Notícias, um homem que já desempenhou funções públicas na autarquia de Coimbra alvejou sem qualquer razão aparente um cliente que estava com um grupo de amigos numa marisqueira na cidade dos estudantes. A consternação pela situação é óbvia, não se consegue perceber o que terá passado pela cabeça do agressor que já antes tinha provocado alguma confusão no mesmo estabelecimento por se encontrar "alterado".

Mas o mais caricato vem a seguir: a polícia, em vez de deter o indíviduo, que está nitidamente perturbado, apenas ficou com a sua identificação e vai "investigar". Acontece que o homem afirmou que não tinha intenção de matar ninguém e isso, aparentemente, é razão para não ser levado preso.

Ou seja, compreendo finalmente o grande crime de todos aqueles que atentam contra a dignididade e vida humana. O problema não é disparar as armas. O problema é admitir que se é um canalha.

Explica muita coisa deste país, sem dúvida.

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