22/04/2008

De mal a pior

Manuela Ferreira Leite, a arrogante e desagradável ex-Ministra das Finanças, é a nova candidata à liderança do PSD. Irá, provavelmente, ganhar as eleições internas do partido, uma vez que Menezes já gastou todo o pouco combustível que o permitiu chegar ao topo do partido, e que é uma das históricas da organização, com o apoio dos barões silenciosos que não avançam, mas minam tudo em redor.

De qualquer forma, é impressão minha, ou o PSD vai de mal a pior? Depois do populista e inconsequente Menezes, a liderança do partido passa para uma das figuras mais antipáticas e mal amadas da história moderna de Portugal?

Mas é claro que há a sempre a hipótese de se ver ressuscitar o velho trauma português do tempo da "Velha Senhora" e que Portugal prefira outra vez um líder austero, cinzento, antipático e sem ideias de modernidade. É um perigo real: nunca se sabe quando um trauma regressa à superfície.

A nova "Ler"

Francisco José Viegas, jornalista e escritor que muito estimo, vencedor recente do Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores, é o novo director da revista "Ler", que irá sofrer algumas alterações significativas. . Segundo Francisco José Viegas, a revista vai passar a ser uma revista de livros e não de literatura, abarcando todas as áreas da edição, desde a literatura, claro está, aos livros de viagem, fotografia, gastronomia, etc, enfim, abarcando toda uma área de edição que necessita urgentemente de ganhar popularidade junto dos portugueses.

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Matem, mas não admitam

Segundo notícia do Diário de Notícias, um homem que já desempenhou funções públicas na autarquia de Coimbra alvejou sem qualquer razão aparente um cliente que estava com um grupo de amigos numa marisqueira na cidade dos estudantes. A consternação pela situação é óbvia, não se consegue perceber o que terá passado pela cabeça do agressor que já antes tinha provocado alguma confusão no mesmo estabelecimento por se encontrar "alterado".

Mas o mais caricato vem a seguir: a polícia, em vez de deter o indíviduo, que está nitidamente perturbado, apenas ficou com a sua identificação e vai "investigar". Acontece que o homem afirmou que não tinha intenção de matar ninguém e isso, aparentemente, é razão para não ser levado preso.

Ou seja, compreendo finalmente o grande crime de todos aqueles que atentam contra a dignididade e vida humana. O problema não é disparar as armas. O problema é admitir que se é um canalha.

Explica muita coisa deste país, sem dúvida.