Não tive oportunidade de o ver em cinema. Vi-o ontem em DVD. E arrependi-me de não ter conseguido vê-lo no grande écrã.
"Mystic River" é um filme excepcional. A prova de que um thriller pode ser contado de uma forma profundamente subtil e onde os pormenores e a intimidade das personagens ultrapassa até o interesse do "quem matou quem". Cada uma das personagens tem dilemas internos profundos, segredos por contar, traumas a ultrapassar durante o desenrolar do enredo. É uma história de amor e de medo, de traição e de ironia.
Sean Penn foi brilhante, mas todo o elenco é excepcional. A fotografia é de uma beleza extrema, com um ambiente eternamente sombrio e cinzento. Os diálogos brilhantes, com alguns momentos a merecerem ser recordados.
Vou evitar falar mais de "Mystic River" para não contar pormenores que estragem a sua visualização a quem não o tiver visto. Mas deixo um conselho a quem o fizer: não entre no filme com o objectivo de descobrir quem é o criminoso. Porque, mesmo que, por alguma razão estranha o consiga, nunca vai conseguir descobrir o enredo por trás do acontecimento, de tão irónico e envolvente com todas as outras personagens. Até porque, mesmo o desfecho que é sugerido como o mais evidente, ainda encerra muitas dúvidas de ter sido a realidade.
Encoste-se e aceite o que está perante si. É um daqueles filmes em que vale a pena ser um simples espectador que apenas ouve e vê o que lhe estão a contar, em vez de se armar em detective.
Imperdível. Dentro do género, com "Memento", "Seven", "Os Suspeitos do Costume" e "Clube de Combate", um dos melhores filmes de sempre. Só não ganhou mais do que dois óscares da Academia (melhor actor para Sean Penn e melhor actor secundário para Tim Robins (Os Condenados de Sawshank")) porque a academia tinha, nesse ano, que premiar a triologia de "O Senhor dos Anéis".
26/09/2004
Mystic River
Publicada por Luís Costa Pires à(s) 13:20 0 comentários
21/09/2004
Entrevista em Cascais
Tarde excelente passada em Cascais, na belíssima Casa da Guia, na companhia da simpática Paula Pinto, promotora musical, e do artista brasileiro Maurício Mattar. Entrevista excelente, que comprova o que já pensava dele. É muito mais do que uma cara bonita que fazia de galã nas telenovelas e faz suspirar as adolescentes. É um homem com um pensamento profundo e objectivos concretos. Sabe o que quer e como quer, e tem até, pasme-se, uma forte ligação esotérica. É budista e não tem problemas em falar do assunto.
E é um grande autor da Música Popular Brasileira. Djavan, Caetano Veloso, Toquinho e Carlinhos Brown já o afirmaram. Eu, que não sou nada ao pé desses monstros da música, afirmo o mesmo.
Sem dúvidas. Espero agora que a entrevista que lhe fiz fique à altura do que merece.
Publicada por Luís Costa Pires à(s) 21:26 0 comentários
20/09/2004
Surpreendido
Já tinha ficado surpreendido com os dois avançados que Trapattoni colocou a jogar contra os eslovacos na primeira mão da eliminatória da Taça UEFA. Hoje, o técnico italino voltou a mostrar arrojo, ao colocar fazer entrar dois pontas de lança na equipa na segunda parte, para combater o empate a zero que se verificava então. Em ambas as ocasiões, a coragem foi recompensada e o Benfica, após o desastre na Liga dos Campeões, promete outros feitos.
A continuar assim, terei que retirar completamente o que disse anteriomente sobre a inadequação de Trapattoni à realidade do Benfica.
Aliás, espero bem ter que o fazer.
Publicada por Luís Costa Pires à(s) 01:17 0 comentários
19/09/2004
Visita mais do que obrigatória
Mais do que obrigatória a visita ao blogue http://doportugalprofundo.blogspot.com/, onde o seu autor fala em pormenor do processo Casa Pia, com excertos de declarações dos envolvidos no processo, com considerações e pormenores de grande importância. Excelente trabalho para quem quer tentar perceber um pouco melhor a porcaria que se passa neste País e que ainda está muito longe de ser totalmente revelada.
Publicada por Luís Costa Pires à(s) 15:43 0 comentários