16/10/2003

O Livro Branco dos Incêndios

Numa altura em que o Ministro Figueiredo Lopes apresenta o Livro Branco dos Incêndios Florestais Ocorridos no Verão de 2003, achei por bem relembrar um episódio a que assisti.
Em Fevereiro último, tive a honra de ser convidado para escrever o poema de homenagem com que a Associação Nacional de Bombeiros brindou a corporação dos Bombeiros de Nova Iorque, aquando da I Grande Gala Nacional Prestígio dos Bombeiros de Portugal.
Na altura em que a gala se realizou, contando com o apoio de uma série de entidades a nível nacional, desde a Presidência da República até à Câmara Municipal de Lisboa, obviamente que já eram conhecidas as limitações sentidas pelas diversas corporações no que diz respeito à capacidade de combater os incêndios que deflagram pelo País, principalmente na época do verão.
No entanto, mesmo apesar de, por entre muitos sorrisos e palmadas nas costas, de entrega de prémios e louvores, todos os presentes terem gabado o papel dos soldados da paz e ter sido feito um compromisso de lutar contra o problema, quando chegou o verão as coisas estavam na mesma. E foi o que se viu.
Não basta dizer que o calor atingiu níveis anormais ou que os focos de incêndio eram muitos. É que os avisos também foram muitos. Suficientes para que tivesse havido outro tipo de resposta, apesar das condições adversas.
É uma questão de planeamento e investimento. É uma questão de perceber que os inimigos actuais de Portugal já não se combatem com tanques e fragatas e canalizar de outra forma o investimento do Governo.

Sem comentários: